Viver com alguém que amamos, com todas as alegrias e desafios, é uma das melhores maneiras de crescermos espiritualmente. Mas o despertar só acontece, se trabalharmos as nossas sombras e se reconhecermos as nossas feridas, medos e ilusões. Embora queiramos ter relacionamentos saudáveis e satisfatórios, a verdade é que a maioria de nós tem dificuldade em estabelecer parcerias íntimas.
Desenvolver relações mais saúdaveis requer que tomemos consciência, que o laboratório para o desenvolvimento humano que é o AMOR, nos “obriga” a trabalhar em profundidade o nosso mundo interior.
Actualmente procuramos satisfação imediata e “barata” para todas as áreas da nossa vida e o amor só poderá ser edificado se soubermos ser gentis e pacientes “jardineiros, pelo contrario se estivermos somente embriagados pelo ego e pelo espelhamento do nosso brilho nos olhos do outro, quando a paixão termina… termina o namoro!
O problema de fugir quando um relacionamento se torna difícil é que também nos afastamos de nós mesmos e do nosso desenvolvimento em potencial. Fugir dos lugares feridos em nós, é uma forma de auto-rejeição e auto-abandono que transforma lentamente o nosso corpo fisico, emocional e mental numa espécie de casa abandonada e assombrada. Quanto mais fugimos dos nossos lugares sombrios, mais eles ficam furiosos no escuro e mais assombrada a casa se torna. E quanto mais assombrada se torna, mais nos apavora e o pânico acabará por nos manter separados e com medo de nós mesmos.
O ideal não será permanecer numa relação viciada e co-dependente, mas sim perguntares a ti mesmo em que parte da estrada se afastaram do caminho em conjunto, perguntares ao teu verdadeiro eu, se aquilo que esperas do teu companheiro ofereces a ti mesmo, se de facto o AMOR morreu…?
PS. se de facto morreu… enterra-o
ao relacionamento e ás partes de ti obsoletas
Rute Alegria